Como os Restos de Palitos em Dentes Pré-históricos Contam a História da Higiene Bucal
- Márcio Luiz Cantador
- 29 de jul.
- 1 min de leitura

Você sabia que a higiene bucal é mais antiga do que parece? Achados arqueológicos mostram que povos pré-históricos já usavam ferramentas rudimentares para limpar os dentes, como palitos de madeira, gravetos, lascas de osso ou até espinhos. Em alguns fósseis, pesquisadores encontraram marcas entre os dentes que indicam o uso repetido desses instrumentos. Isso sugere que, mesmo sem conhecimento sobre bactérias ou cáries, os primeiros humanos já sentiam desconforto ou percebiam a importância de remover restos de alimentos da boca.
À medida que a civilização evoluiu, os palitos também passaram por transformações. Há registros de que na Roma Antiga e na China Imperial, instrumentos semelhantes eram confeccionados em metais como bronze, ouro e prata — não apenas por funcionalidade, mas como símbolo de status. Na Europa medieval, era comum as pessoas usarem ossos ou penas endurecidas para esse fim. Curiosamente, muitos desses instrumentos eram usados publicamente após as refeições.
A prática de usar palitos se manteve viva até os dias atuais, com o tradicional palito de dente de madeira sendo presença constante em restaurantes e lares. No entanto, os dentistas modernos alertam: o uso frequente e inadequado de palitos pode ferir a gengiva, causar retrações ou até danificar restaurações. O fio dental, mais eficaz e seguro, é o substituto ideal. Mas é fascinante saber que essa preocupação com a limpeza bucal vem de milhares de anos atrás e continua tão relevante hoje.
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