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Mancha Branca na Boca? Guia para o Paciente

  • Foto do escritor: Márcio Luiz Cantador
    Márcio Luiz Cantador
  • 12 de ago. de 2024
  • 3 min de leitura

Estava escovando os seus dentes e se reparou com uma mancha branca em alguma superfície de dentro da boca? Leia esse guia para o paciente e descubra o que isso pode ser!


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Na odontologia, existe uma área a qual estuda todas as lesões em boca, a Estomatologia. As manchas brancas na maioria das vezes são consideradas lesões bucais (algumas vezes podem ser variações do padrão de normalidade), e é de extrema importância tratar elas.



Este grupo de lesões envolve:

  • Lesões reacionais frente ao trauma (ceratose friccional, queimaduras, mordiscamento crônico e estomatite).

  • Lesões auto-imunes (líquen plano).

  • Lesões com potencial de transformação maligna (leucoplasia e queilite actínica).

  • Lesões malignas (carcinoma espinocelular).

  • Lesões geneticamente determinadas (nevo branco esponjoso).

  • Lesões infecciosas (candidíase pseudomembranosa e hiperplásica crônica, sífilis secundária, leucoplasia pilosa).

  • Variações da Normalidade (linha alba e leucoedema).


Lesão branca sai com raspagem?

Uma das principais manobras que os profissionais realizam é raspar a lesão com uma gaze ou um palito de madeira. Se houver o destacamento da lesão, ela pode ser uma queimadura ou uma candidíase pseudomembranosa.


Candidíase Bucal:

  • É uma infecção fúngica oportunista.

  • Associada ao fungo Candida albicans.

  • A doença aparece quando há um desequilíbrio no meio bucal.

  • Fatores sistêmicos predisponentes para a candidíase bucal (fatores físiológicos, nutricionais, desordens endócrinas, discrasias sanguíneas, tumores malígnos, deficiências imunológicas e imunossupressão).

  • Fatores locais predisponentes para a candidíase bucal (xerostomia, medicamentos utilizados, próteses removíveis e hábito de tabagismo).

  • Pode-se apresentar de diferentes formas.

  • Geralmente o tratamento se baseia no uso de antifúngicos.


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Mordiscamento Crônico:

  • Ocorre quando o paciente fica mordendo a mucosa como um hábito parafuncional.

  • Normalmente aparece nas laterais da língua ou na mucosa do paciente.

  • Quando remove o fator causador a lesão desaparece (4-6 semanas).

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Leucoplasia:

  • É uma lesão potencialmente maligna.

  • Necessário uma biópsia parcial para ter certeza do diagnostico.

  • Tratamento depende do exame histopatológico.

  • Deixar de se expor aos fatores de risco (fumo e álcool), eles aumentam a chance da lesão progredir e se tornar maligna.

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Queilite Actínica:

  • Uma lesão localizada no lábio.

  • Possui risco de transformação maligna.

  • Normalmente tem como aparência a perda da nitidez do limite do lábio e da pele.

  • Podem ser observadas áreas vermelhas, áreas acastanhadas, descamativas e ulceradas.

  • Tratamento conservador (Hipoglós, bepantol, filtro solar labial).

  • Áreas ulceradas podem indicar uma evolução para carcinoma espinocelular.

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Estomatite Nicotínica:

  • Área branca com pontos avermelhados que ocorre no palato.

  • Resultado do calor crônico liberado pelo ato de tabagismo ou uso crônico de uma bebida quente.

  • Lesão considerada benigna.

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Nevo Branco Esponjoso:

  • É uma genodermatose.

  • Doença dos tecidos de revestimento determinada geneticamente.

  • Doença rara.

  • Afeta mais de uma pessoa na família.

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Leucoplasia Pilosa:

  • Origem infecciosa pelo vírus Epstein Baar em pacientes imunossuprimidos.

  • HIV é uma das causas mais comuns.

  • Varia de estrias brancas verticais, bilaterais e com distribuição simétrica.

  • Essas lesões não cedem a raspagem.

  • Aspecto de "pelos".

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Candidíase Hiperplásica Crônica:

  • São placas brancas NÃO removíveis.

  • Possui uma distribuição simétrica.

  • Algumas vezes essas lesões desaparecem com o uso de antifúngicos.

  • Se a lesão não desaparece, é necessário a biópsia.

  • Se houver displasia epitelial, é necessário a remoção por completo da lesão.

  • Aparece na região anterior da mucosa jugal.

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Líquen Plano:

  • Pode afetar diferentes áreas da boca.

  • Possui natureza autoimune.

  • Tem momentos de piora e melhora durante o tempo.

  • Dificilmente se observa lesões em uma única área.

  • Biópsia parcial é indicada para ter certeza do diagnóstico.

  • Exacerbação da doença: lesões erosivas/ulceradas, dor e ardência.

  • Quando a doença está mais avançada, é recomendado o tratamento com corticoides.

  • A primeira escolha é um tratamento com medicamentos de ação tópica.

  • Caso esses tratamentos não causam uma resposta, é necessário medicamentos de uso sistêmico.

  • Unhas ou outras mucosas também podem ser afetadas.

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Sífilis Secundária:

  • Se o paciente refere dor de garganta, febre, coceira na pele (particularmente nas costas), dor de cabeça, mal estar, dor muscular e apresenta placas múltiplas esbranquiçadas, deve-se pensar na possibilidade de SÍFILIS SECUNDÁRIA.

  • Em boca, podem se apresentar como manchas vermelhas ou úlceras.

  • Fora de boca, pode ser percebida linfadenopatia.

  • Podem estar presentes máculas vermelhas, especialmente na palma das mãos e nas plantas dos pés.

  • Tendem a descamar deixando áreas acastanhadas.

  • O tratamento envolve o uso de penincelina.


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Se você tiver mais alguma dúvida entre em contato conosco e agende já a sua visita aqui na Curitiba Dental Office. Não deixe essa dúvida se evoluir em uma lesão, trate já isso!





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